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sexta-feira, 22 de março de 2013

Trêmula




 Com o olhar vidrado em seu
 amado
 Delicadamente desprendia o grampo de seus
 Cabelos
 Lentamente desabotoava a blusa de
 Seda
 Suas mãos abruptamente deslizavam pelo seu
 Corpo
 Ela pediu um drink, e já não havia nada cobrindo seu
 corpo
 Seus dedos desciam, desciam, desciam
 Desciam
 Sem lençóis, pausadamente acariciava seu
 Clitóris
 Entre suas coxas escorria o mais íntimo dos
 Prazeres
 Ela ali ficava apenas o fitando, o
 Encarando
 Sem reação ele apenas observava, a
 Vigiava
 E ela ali ficou sozinha, se amando,
 Esperando 

Rodrigo De Marco 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sin destino




yo corro por los callejones, cruzo la ciudad
busco algo, una nueva sociedad

alguién con quien yo puedo confiar
que al menos me permita  desahogar

busco la cura para esa vieja señora
un poco de paz en el pasar de las horas

todo lo que encuentro es un pañuelo Blanco
se trataba de un dibujo de um santo

sin pensarlo mucho guardo con yo
y segui el paseo, no tenia destino

yo estaba solo, tênia solo um pañuelo
pero estaba protegido naquele instante

me acompaño algo, yo podia sentir una presencia estraña
todo parecia estar tranqüilo, me he quedado trapado em esse dilema

fue entonces cuando me topé con algo pesado
curioso, me agaché para recogerlo

se trataba de un álbum de fotos, algo que tenía,
asustado me di cuenta que ahí había todo de mi vida

Rodrigo De Marco

domingo, 4 de novembro de 2012

La Noche






En la penumbra de la noche, criaturas cedentas de sangre salen a cazar,
en las calles, nada más que el puro vacio y angustia de la oscuridad


El olor de la muerte se extiende por las  esquinas olvidadas
caninos aparecen en una densa niebla



Rodrigo De Marco






domingo, 28 de outubro de 2012

Fotografia: além da arte


       Na manhã deste domingo li no caderno Donna, da Zero Hora, uma reportagem sobre a fotógrafa norte-americana que possui  albinismo e nasceu sem enxergar. Amy Hildebrand surpreendeu a todos ainda quando era criança, época em que as primeiras cores da vida se apresentaram a ela. Hoje está com 27 anos e mesmo com uma significativa deficiência visual realiza trabalhos magníficos com sua câmara. A essência do dia é reproduzida pela lente que a faz ver o mundo colorido e mágico.

       "Me perguntavam como eu enxergava o mundo, e nunca encontrei uma maneira adequada de responder  isso. Até começar a fotografar" (Amy Hildebrand).

       Essa frase é muito mais que uma simples resposta de quem superou as dificuldades e encontrou na arte um estímulo. É o amor traduzido em flashes, mais que isso, é a certeza de que ângulos e cores se transformam em poesia quando capturados pela lente de quem os contempla. É lindo quando o trabalho é transformado em um prazer pessoal e as dificuldades esquecidas num canto qualquer. Encontrar uma direção nem sempre é fácil, são várias opções de caminhos para seguirmos, mas basta sabermos interpretá-los. A felicidade é uma questão de opção, não há limitações que podem desviar seu caminho.

      Amy é casada e possui dois filhos, nenhum com albinismo. Ela possui um blog em que postou mil fotos, todas tiradas durante mil dia ininterruptos. Essa foi uma meta estipulada e que lhe rendeu um trabalho lindo e reconhecido. Para quem busca saber um pouco mais sobre essa artista nata, acessem withlittlesound.blogspot.com. Fotografar vai muito além de apertar um simples botão, exige talento, dedicação e principalmente muito amor pelo o que se busca entender.

 Abaixo alguns trabalhos de Amy.







sábado, 27 de outubro de 2012

Valorizando a cultura



        Estive em Buenos Aires em julho deste ano, e quando não havia o que fazer ia até uma sala de cinema. Não um cinema convencional, mas em um que eram exibidos apenas filmes argentinos. É uma sala que pertence ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA). Esse programa foi criado em março de 2004 com o propósito de garantir a exibição de produções cinematográficas argentinas, e desta forma valorizando e incentivando o cinema nacional. Essa ideia foi expandida por todo o país.

         A primeira coisa que chamou muito a minha atenção foi o tamanho da fila do cinema. Havia sessões que a fila se estendia até a calçada da rua. Um dos fatores dessa grande procura, é o baixo custo dos ingressos. Um bilhete custa 6 pesos, em torno de 3 reais. O resultado é de salas lotadas e bons longas sendo exibidos. E para minha surpresa no término de cada exibição havia aplausos, muitos aplausos. Isso se chama valorização da cultura e orgulho pelo o que é feito no país.

        É prazeroso presenciar cenas desse tipo, em que o respeito e orgulho se transformam em satisfação coletiva. Há pouco tempo fiquei sabendo que uma  sala do espaço INCAA foi inaugurada em  Catamarca, província do noroeste argentino. Iniciativas desse tipo que o Brasil precisa. Mas será que um dia a cultura de fato vai ter uma certa importância nesse país, ou continuará o faz de conta?  

Abaixo o trailer de Elefante Blanco, de Pablo Trapero. Martina Gusman e Ricardo Darín estão impecáveis. Super recomendado. 



       

         

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Argentina e o modo de fazer cinema



Saudações!!!


Conforme eu havia antecipado no post anterior, vou falar sobre o modo de fazer cinema na Argentina. Talvez eu seja suspeito em defender e exaltar os filmes argentinos, isso porque eu me considero um apaixonado pelo cinema deles. Mas vamos lá. Uma das principais características dos longas dos nossos hermanos é a valorização do drama na história, até mesmo quando um filme é do gênero comédia, sempre há uma boa dose de sofrimento por parte de algum personagem.

Temos então dois elementos importantes e que são fundamentais para o sucesso dos filmes argentinos. Como eu havia dito, o drama e a comédia. A diferença é que as histórias são bem elaboradas e possuem uma boa contextualização. A maioria delas retrata o cotidiano com bastante simplicidade. A diferença é que são originais, simplesmente nos mostram o estilo de vida argentino. E tudo isso com uma boa dose de charme e elegância, característica do cinema europeu.

É perceptível que o modo de fazer cinema na Argentina tem um forte embasamento e influência dos filmes europeus.  É óbvio, a fotografia de Buenos Aires contribui e muito para isso. Há alguns filmes recentes que traçam um paralelo da vida do cidadão portenho, vou citar alguns nomes.

--- Um Conto Chinês (2011), uma co-produção entre Argentina e Espanha com boas doses de drama e comédia. É um excelente filme e claro, conta com Ricardo Darín, ator super famoso na Argentina.

--- Medianeras (2011), filme que mostra muito da arquitetura da cidade de Buenos Aires, o longa começa criticando o excesso de edifícios e o modo que as pessoas levam a vida na cidade. Críticas a parte, a história é sobre duas pessoas que moram próximas mas nunca se encontram, é romântico e engraçado.  Muito bom filme.

--- Carancho (2010), em português foi traduzido para “Abutres”. Esse filme é um pouco pesado e muito audacioso, mesmo porque é baseado numa história real. Há, também conta com Ricardo Darín no elenco.

--- Eva e Lola (2010), excelente longa, super recomendado. E o último filme argentino que assisti foi Elefante Blanco (2012), com o famoso Darín no elenco. Bom, temos aí cinco longas que se passam em Buenos Aires, retratando o cotidiano. São cinco versões completamente distintas da vida do cidadão portenho, é uma verdadeira exploração pela cidade e suas adversidades.  

Eu poderia citar outros 20 títulos de filmes argentinos para os senhores assistirem, mas eu não iria mais parar de escrever, então fica para o próximo post.

CONTINUA...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

E o cinema brasileiro?


 
       O cinema brasileiro é uma verdadeira porcaria, sem conteúdo, não há criatividade. É possível contar nos dedos a quantidade de filmes nacionais que possuem uma boa história e com fundamentação artística. Nessa lista eu destaco Central do Brasil,(1998) longa dirigido por Walter Salles, diretor brasileiro que também conquistou espaço no cenário norte-americano com os filmes Água Negra e Na Estrada. Outro longa nacional muito bom é Olga (2004), do diretor Jayme Monjardim e Cazuza (2004)de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Esses são alguns dos nomes no qual eu me recordo. O fato é que no Brasil o cinema está em decadência. Como alguém com o mínimo de massa encefálica assistiria um projeto de filme com o nome E aí,... Comeu? Nesse país infelizmente o que da bilheteria são filmes sobre policiais invadindo favelas ou sobre sexo. É, esse é o perfil da população brasileira. Enquanto isso nossos vizinhos hermanos produzem longas de qualidade, com conteúdo. Mas sobre o cinema argentino eu escrevo na próxima postagem.